Previsão do tempo atmosférico e carta sinótica no Brasil
pedagogia e produção de credibilidade de um conceito.
DOI:
https://doi.org/10.18554/rt.v17i1.7346Palavras-chave:
Meteorologia, Carta sinótica, História, PedagogiaResumo
Objetivamos, neste texto, compreender quando e como se deu a produção e introdução das cartas sinóticas nos jornais brasileiros, tomando como estudo de caso dois jornais de ampla circulação no Brasil: o Jornal do Commercio (RJ) e O Estado de S. Paulo. A finalidade dessas cartas era, além de representar a previsão do tempo atmosférico (ou meteorológico), ensinar à população leitora dos referidos periódicos como decodificá-las. Para tanto, perseguimos, em ambos os periódicos, desde as primeiras enunciações meteorológicas até o advento das cartas sinóticas. A hipótese de trabalho gira em torno do seguinte argumento: destinadas a instituir certa ideia de previsão do tempo atmosférico, tais cartas teriam também como finalidade produzir um duplo efeito no público leitor, qual seja, o de legitimar e, ao mesmo tempo, atribuir credibilidade a uma linguagem agora publicada em dois dos mais importantes jornais do país. Dentre as conclusões destaca-se a construção da crença, por meio de uma linguagem extremamente codificada, na previsão do tempo.
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