Cartografia

sua linguagem, narrativas e prática social

Autores

  • Rodrigo Batista Lobato Universidade Estadual do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.18554/rt.v17i1.7403

Palavras-chave:

Linguagem Cartográfica, Visão de Mundo, Cartografia Como Prática Social

Resumo

Este artigo examina a Cartografia além de sua função prática/oficial/acadêmica, explorando sua dimensão como prática social e meio de expressão cultural. Através da análise de diversos tipos de mapas, o texto destaca como eles são construídos, narrados e interpretados dentro de contextos sociais específicos, refletindo as visões de mundo e os valores dos indivíduos e das sociedades que os produzem. O objetivo deste artigo visa analisar como esses diversos documentos cartográficos que chamamos de mapas, contribuem para a construção de narrativas e perspectivas sobre o mundo da vida, enfatizando nossas práticas sociais como a própria espacialização da vida através dos mapas, que molda e é moldada por percepções culturais e sociais. Assim, demonstra-se que os mapas funcionam não apenas como ferramentas de orientação geográfica, mas também como poderosos veículos de expressão, representação e apresentação de uma cosmovisão das práticas cotidianas. Desta forma, argumenta-se que os mapas são documentos vivos, carregados de subjetividade, que narram e reescrevem continuamente as histórias dos espaços que se apresentam como mapas como crônicas. Por fim, defende-se que a Cartografia deve ser vista também como uma forma de linguagem visual que participa ativamente na construção de significados, seja mundos reais ou imaginários, assim como, na negociação de identidades e diferenças, transcendendo sua funcionalidade prática para se tornar um ato de comunicação profundamente humano e socialmente usual.

Biografia do Autor

Rodrigo Batista Lobato, Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Doutor pelo Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2020), inserido no Laboratório de Cartografia (GEOCART UFRJ); Mestre em Engenharia Cartográfica pelo Programa de Pós Graduação do Instituto Militar de Engenharia (2014); Geógrafo do magistério pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2011). Atualmente é mediador à distância de Geomorfologia Continental do CEDERJ/UERJ; Coordenador do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Veiga de Almeida, atuando também como docente das disciplinas Cartografia Básica e Temática; Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto; Cartografia Cultural; Geografia Cultural; Prática e Pesquisa em Geografia, além de ser responsável pelo grupo de estudo PANGEA. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Cartografia e Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas: História do Pensamento Cartográfico Escolar; Cartografia no Ensino de Geografia; Multiletramentos na Cartografia; Práticas de Letramentos na Cartografia; Cartografia Aplicada as Análises Ambientais. Recentemente se tornou o Coordenador do Pibid do curso de Geografia na Universidade Veiga de Almeida.

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Publicado

2024-04-30

Como Citar

LOBATO, R. B. Cartografia: sua linguagem, narrativas e prática social. Revista Triângulo, Uberaba - MG, v. 17, n. 1, p. 137–156, 2024. DOI: 10.18554/rt.v17i1.7403. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/7403. Acesso em: 21 dez. 2024.