Toponímia em LIBRAS
a criação de sinais referentes a espaços de atendimento à saúde em Rio Branco - Acre
DOI:
https://doi.org/10.18554/rt.v17i3.7671Palavras-chave:
Espaços de Saúde, Língua Brasileira de Sinais, Rio Branco, ToponímiaResumo
A Onomástica é um campo da linguística que concentra seus esforços na análise dos nomes próprios, abrangendo tanto as línguas orais quanto as línguas de sinais (Sousa, 2023). Nesse âmbito, destaca-se a subárea da Toponímia, que se dedica ao estudo dos nomes próprios atribuídos a lugares geográficos. O propósito deste texto é apresentar a análise das motivações semânticas e morfológicas dos sinais toponímicos utilizados para denominar alguns dos espaços públicos de cuidado à saúde localizados na cidade de Rio Branco - Acre, e os elementos que os surdos levaram em consideração na criação desses sinais a partir de dados gerados mediante a realização de entrevistas com surdos usuários de Libras que moram na referida cidade. A fundamentação teórica é estabelecida com base nas contribuições dos estudos realizados por Biderman (1987, 2006), Dubois (1973, 2005), Quadros (2019, 2004), Sousa (2022a, 2022b), Strobel (2008) e Vargas (2018). Observou-se que os topônimos selecionados para este estudo foram criados tendo como motivação os aspectos visuais e de localização dos espaços.
Referências
BIDERMAN, M. T. C. A estruturação do léxico e a organização do conhecimento. Letras de Hoje, [S. l.], v. 22, n. 4, p. 81-96, 1987. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/17049. Acesso em: 1 jul. 2023.
BIDERMAN, M. T. C. O conhecimento, a terminologia e o dicionário. Cienc. Cult., São Paulo, v. 58, n. 2, p. 35-37, junho de 2006. Disponível em http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252006000200014&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 30 jun. 2023.
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2002.
DICK, M. V. de P. do A. Motivação toponímica. Princípios teóricos e modelos taxionômicos. São Paulo, 1980. 351 p. Tese (Doutorado em Linguística). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.
DICK, Maria Vicentina de Paula do A. A motivação toponímica e a realidade brasileira. São Paulo: Edições do Arquivo do Estado, 1992.
DUBOIS, J, et al. Dicionário de linguística. São Paulo: Cultrix, [1973] 2005.
FAGGION, M, C.; MISTURINI, B.; PIZZOL, E. Ideologias no ato de nomear: a toponímia revelando mudanças nas relações de poder de uma comunidade. Araguaína/TO. EntreLetras, v. 4, n. 2, p. 10-30, ago/dez 2013. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/entreletras/article/view/987. Acesso em: 27 jun. 2023.
GESSER, A. Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
KAKUMASU, J. Y. Urubu-Kaapor sign language. Summer Institute of Linguistics. 1968.
MIRANDA, R. G.; CARNEIRO, B. G.; ANDRADE, K. S. Toponímia em Libras: levantamento, registro e categorização de sinais dos municípios do Tocantins. Semiótica e Linguística, Vol. 25. n°4, 2021.
MOREIRA, T. A. S. O ato de nomear: da construção de categorias de gênero até a abjeção. XIV Congresso Nacional de Linguística e Filologia, 2010.
PEREIRA, E. L. Fazendo cena na cidade dos mudos: surdez, práticas sociais e uso da língua em uma localidade no sertão do Piauí. Tese (Doutorado em Antropologia Social). Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2013. 380p.
PERLIN, G. T. T. MIRANDA, W. Surdos: o narrar e a política. Ponto de Vista: revista de educação e processos inclusivos, n. 5, p. 217-226, 2003.
QUADROS, R. M.; KARNOPP, L. B. Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
SILVA, D. S.; QUADROS, R. M. Línguas de sinais de comunidades isoladas encontradas no Brasil. Brazilian Journal of Development, [S. l.], v. 5, n. 10, p. 22111–22127, 2019. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/4167. Acesso em: 11 jul. 2023.
SOUSA, A. M. de. Onomástica em Libras. Revista GTLex, Uberlândia, v. 9, p. e0905, 2023. DOI: 10.14393/Lex-v9a2023/24-5. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/GTLex/article/view/71041. Acesso em: 31 out. 2023.
SOUSA, A. M. Onomástica em Libras. In: SOUSA, A; GARCIA, R; SANTOS, T. (Orgs.). Perspectivas para o ensino de línguas 6. Rio Branco: Edufac, 2022, p. 5-20.
SOUSA, A. M. Toponímia em Libras: pesquisa, ensino e interdisciplinaridade. São Paulo: Pimenta Cultural, 2022. 123 p.
SOUSA, A. M.; QUADROS, R. M. Proposta de ficha lexicográfico-toponímica digital para o estudo da toponímia em línguas de sinais. Revista Guavira Letras. V. 15, n. 30. 2019, p. 126-140. Disponível em: http://websensors.net.br/seer/index.php/guavira/article/view/854/618 Acesso em: 08 nov de 2023.
SOUZA, Tanya A. Felipe de; MONTEIRO, Myrna Salerno Monteiro. Libras em Contexto: Curso Básico Livro do Professor. 6.ed. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. 448p.
STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Editora da UFSC, 2008.
TRASK, R. L. Dicionário de Linguagem e Linguística. São Paulo: Contexto, 2004.
VARGAS, V. G. L. Libras: um estudo lexical das variedades regionais. Rio Branco: Nepan Editora, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Triângulo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
