Etimologia ficcional contextual: o léxico indianista em Alencar à luz da linguística de corpus
DOI:
https://doi.org/10.18554/rs.v9i1.4090Palavras-chave:
Etimologia Ficcional Contextual, Indianismo em Alencar, Linguística de Corpus, Étimos indianistas.Resumo
O presente artigo tem por objetivo apresentar uma parcela da pesquisa desenvolvida em nossa tese de Doutorado, cujo estudo teve como base o léxico indianista de José de Alencar em Iracema, O Guarani e Ubirajara. O recorte ora apresentado trata de uma análise na perspectiva da Etimologia Ficcional Contextual, conceito elaborado durante nossa pesquisa, que consiste na busca de origem dos vocábulos, a partir da interpretação no contexto de uso. Para o tratamento da Etimologia, utilizamos os pressupostos teóricos de Casares (1992) e de Viaro (2014). Para processamento do corpus, utilizamos o programa WordSmith Tools, 6.0 (SCOTT, 2012). Para a análise etimológica, recorremos também ao Corpus do Português (DAVIES, 2016) e a dicionários de consulta e exclusão. Verificamos que Alencar cria étimos em seus romances com o objetivo de nomear, conforme seus desejos literários e linguísticos. Consideramos que Alencar contribuiu, sobremaneira, para a formação da língua portuguesa brasileira, como, por exemplo, o nome Moacir, que foi criado pelo autor, conforme corroboramos em nossa pesquisa, e tem seu uso expandido na língua portuguesa. Alencar estabelece a Etimologia Ficcional Contextual em razão do desejo de aproximar o significado dos vocábulos ao elemento nomeado, ou seja, para atender aos propósitos literários e linguísticos.
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