ÁRVORE SAGRADA: ESCRITURA DE MULHERES NEGRAS, INTERSECCIONALIDADE E RESISTÊNCIA ÀS ESTRUTURAS CANÔNICAS
DOI:
https://doi.org/10.18554/it.v13i2.5104Palavras-chave:
Cânone Literário, Escritoras negras, Interseccionalidade, Feminismo negro.Resumo
O presente artigo trata a respeito da necessária revisão do cânone literário sob uma perspectiva interseccional, identificando o Feminismo Negro como nascedouro desta metodologia de análise que permite uma caracterização não definitiva do feminino, haja vista que localiza a crítica no atravessamento de formas diversas de subalternização, distanciando-se do essencialismo presente no termo universal mulher. Promove-se, assim, a auto representação das mulheres negras escritoras, que por muito tempo foram relegadas ao lugar da não representação. Como corpus literário, elege-se o poema Árvore Sagrada, da poeta Aidil Lima, mulher afro-brasileira nascida na cidade de Cachoeira, na Bahia, através do qual, se intenta analisar a pertinência de se compreender os atravessamentos, nas representações do presente, dos seres subalternizados e, portanto, desviantes da norma na dinâmica da sociedade branca. Para tanto, utiliza-se como arcabouço teórico: Butler (2017); Fernandes (2016); Akotirene (2018); Berth (2018); Ribeiro (2017); entre outros.
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