ADRIANA LUNARDI E ANDERSEN: MEMÓRIA E ESQUECIMENTO NO CONTO DE FADAS E NA PROSA CONTEMPORÂNEA DE AUTORIA FEMININA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/it.v13i2.5351

Palavras-chave:

Memória, intertextualidade, Andersen, Adriana Lunardi.

Resumo

Desde Jane Austen, George Eliot e Charlotte Brontë, no século XIX, a escrita de autoria feminina tem visto o seu número de representantes aumentar. Estas autoras do velho continente e tantas outras brasileiras, como Lygia Fagundes Telles, Cecília Meireles, Marina Colasanti e Clarice Lispector foram fundamentais para a consolidação da mulher escritora no século XXI. Como muitas, a autora catarinense Adriana Lunardi tem se mostrado um dos grandes nomes da literatura nacional nas últimas décadas. Lunardi usa, por meio de elementos intertextuais, grandes obras clássicas que permeiam o imaginário popular para compor sua narrativa, fazendo um trabalho de retomada dialógica. No livro A vendedora de fósforos (2011), Lunardi conta a história de duas irmãs que, em cruzamentos memorialísticos entre o passado e o presente vivo, se recontam e contam. Ao escrever a memória a partir da recordação (re-cordis), a escritora ressalta a importância desta no processo narrativo. Para desenvolver este trabalho, usou-se como aporte teórico os seguintes estudos: Gagnebin e Ricoer, a fim de abordar as questões acerca da memória e do esquecimento; Benjamin e Bakhtin, para os apontamentos sobre a experiência, o ato de narrar e o Bildungsroman. O objetivo principal  do artigo foi compreender a arquitetônica narrativa de Adriana Lunardi, por meio da intertextualidade (Kristeva) e do dialogismo (Bakhtin), destacando a importância dos contos clássicos, como A pequena vendedora de fósforos, de Andersen, mote da narrativa de Lunardi A vendedora de fósforos, bem como abordar a influência da memória no processo de formação do indivíduo.

Biografia do Autor

Sara Gonçalves Rabelo

Graduada em Letras - Português pela Universidade Federal de Uberlândia e Letras - Inglês pela Universidade de Uberaba. Realizou o mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia. Atualmente é doutoranda em Estudos Literários pela mesma universidade.

Fernanda Aquino Sylvestre

Graduada em Letras pela Universidade Federal de Uberlândia. Cursou Especialização em Teoria Crítica da Literatura na Faculdade de Ciências e Letras da UNESP - Araraquara. Realizou seu Mestrado e Doutorado em Estudos Literários pela Faculdade de Ciências e Letras da UNESP - Araraquara. Atualmente, é Professora Associada da Universidade Federal de Uberlândia. Na Graduação, desenvolve atividades na área de Língua Inglesa e Literaturas de Língua Inglesa. Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Uberlândia, no qual desenvolve o projeto “O conto de fadas na contemporaneidade: leituras pós-modernas”. É membro do GT ANPOLL Vertentes do Insólito Ficcional e vice-líder do Grupo de Pesquisa (CNPq/UNESP) Vertentes do Fantástico na Literatura.

Referências

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Publicado

2021-01-31

Como Citar

RABELO, S. G.; SYLVESTRE, F. A. ADRIANA LUNARDI E ANDERSEN: MEMÓRIA E ESQUECIMENTO NO CONTO DE FADAS E NA PROSA CONTEMPORÂNEA DE AUTORIA FEMININA. Revista InterteXto, Uberaba, v. 13, n. 2, p. p.106–119, 2021. DOI: 10.18554/it.v13i2.5351. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/intertexto/article/view/5351. Acesso em: 24 dez. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS VOLUME TEMÁTICO: "Questões de gênero/sexo na linguística e na literatura"