Sequência didática como ferramenta para o ensino de português para alunos com deficiência auditiva

Autores

  • Gabriele Cristine Carvalho Instituto Federal de Minas Gerais - Campus Congonhas
  • Suelen Gomes do Nascimento Instituto Federal de Minas Gerais - Campus Arcos
  • Nailsa Vieira Silva Instituto Federal de Minas Gerais - Campus Arcos e Universidade de Brasília - UnB

DOI:

https://doi.org/10.18554/rt.v15i2.6110

Palavras-chave:

Sequência didática, Deficiência auditiva, Gêneros textuais, Ensino de Língua Portuguesa

Resumo

Neste artigo, apresentamos a aplicação de uma sequência didática do gênero biografia para um aluno com deficiência auditiva. Esta proposta se baseia nos trabalhos desenvolvidos por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), por Silva e Guimarães (2018) e por Araújo (2010), dos PCN de Língua Portuguesa (BRASIL, 1998) e da BNCC (BRASIL, 2017). A descrição e a análise da sequência didática, a qual foi ancorada nos interesses do aluno, são apresentadas com detalhes. Os resultados sinalizaram não somente a aprendizagem dos conhecimentos linguísticos, mas também uma melhor compreensão das relações familiares, um aumento da confiança do aluno na aprendizagem do português e a necessidade de empenho da família na aprendizagem do aluno com deficiência auditiva.

Biografia do Autor

Gabriele Cristine Carvalho, Instituto Federal de Minas Gerais - Campus Congonhas

Graduação em Letras, licenciada em Língua Portuguesa (2005) e em Língua Espanhola (2010), na Universidade Federal de Minas Gerais. Mestrado em Estudos Linguísticos (2008) e doutorado em Estudos Linguísticos, em andamento, na Universidade Federal de Minas Gerais. Trabalha como professora efetiva de Língua Portuguesa e Língua Espanhola no Instituto Federal de Minas Gerais - campus Congonhas. Áreas de foco: Língua Portuguesa (Sociolinguística e Semântica) e Língua Espanhola.

Suelen Gomes do Nascimento, Instituto Federal de Minas Gerais - Campus Arcos

Graduação em Letras pela Faculdade Evangélica de Brasília (2011). Graduação em Pedagogia pela Faculdade Fortium (2018). Pós-graduada em Educação  Especial e Inclusiva pela Faculdade do Distrito Federal – FACDF (2017).  Pós-graduanda em Docência com Ênfase na Educação Inclusiva no Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Arcos. Atualmente, é professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal em cargo efetivo. 

Nailsa Vieira Silva, Instituto Federal de Minas Gerais - Campus Arcos e Universidade de Brasília - UnB

Mestranda em Educação na Universidade de Brasília-UnB. Pós-graduanda em Docência com Ênfase na Educação Inclusiva no Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Arcos. Graduada em Pedagogia (UCB) Ciências Biológicas e Geografia - UnB. Especialista nas áreas de Psicopedagogia (MI), Educação Infantil (UCB), Ensino especial (APO), Orientação Educacional, Desenvolvimento Humano, Educação e Inclusão Escolar e Educação em para Direitos Humanos na Diversidade Cultural. Professora de Ensino Fundamental no CRE Núcleo Bandeirante Brasília DF.

Referências

ARAÚJO, M.T.A. Alfabetização e letramento: o aprendizado da língua portuguesa por sujeitos surdos. 2010.154f. Dissertação (Mestrado em Linguística Teórica e Descritiva) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2010.

BAGNO, M. Não é errado falar assim! Em defesa do português brasileiro. Ilustrações Miguel Bezerra. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 6ª ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011b. p. 261-306.

BARROS, L.F.; VIEIRA, M.H.C. Língua Portuguesa e ensino: estudos e ancoragens para a constituição do aluno-autor. Diadorim, Rio de Janeiro, Revista 18 volume 2, p.133-147, Jul-Dez 2016. DOI: https://doi.org/10.35520/diadorim.2016.v18n2a5365.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1988.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, seção 1, 23/12/1996, p. 27833 (Publicação Original).

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Lei nº 10.098, de 19 de Dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, seção 1, 20/12/2000, p. 2 (Publicação Original).

BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de Abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, seção 1, 25/4/2002, p. 23 (Publicação Original).

BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de Dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõem sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da União, Brasília, DF, seção 1, 23/12/2005, p. 28 (Publicação Original).

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 21 maio. 2018.

BRASIL. Lei nº 14.191, de 3 de agosto de 2021. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para dispor sobre a modalidade de educação bilíngue de surdos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, seção 1, 04/08/2021, p. 1 (Publicação Original).

DISTRITO FEDERAL. Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal. Currículo em Movimento da Educação Básica – Educação Especial. Brasília, 2018. Disponível em: https://www.educacao.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2021/07/cirriculo-movimento-ensino-especial.pdf. Acesso em 05 mar. 2022.

DOLZ J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ J. (Org.) Gêneros orais e escritos na escola. Trad. e (Org.). de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas-SP: Mercado de Letras, 2004, p. 95-128.

ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que estudamos a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2007.

MORI, N., SANDER, R. História da educação de surdos no Brasil. In. SEMINÁRIO DE PESQUISA PPE., Maringá, Universidade Estadual de Maringá, 2015, p. 01-16.

OLIVEIRA, Q. M. de; FIGUEIREDO, F. J. Q. de. Educação dos surdos no Brasil: um percurso histórico e novas perspectivas. Revista Sinalizar, 2(2), 2017, 174–197. https://doi.org/10.5216/rs.v2i2.50544

ROJO, R.; CORDEIRO, G.S. Gêneros orais e escritos como objetos de ensino: modo de pensar, modo de fazer. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ J. (Org.) Gêneros orais e escritos na escola. Trad. e (Org.). de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas-SP: Mercado de Letras, 2004, p. 7-16.

SILVA, G.M.; GUIMARÃES, A.B.C. Português para crianças surdas: leitura e escrita no cotidiano. Livro do professor. V.2. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2018.

SOARES, M. B. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

Downloads

Publicado

2022-08-12

Como Citar

CARVALHO, G. C.; GOMES DO NASCIMENTO, S. .; VIEIRA SILVA, N. . Sequência didática como ferramenta para o ensino de português para alunos com deficiência auditiva. Revista Triângulo, Uberaba - MG, v. 15, n. 2, p. 1–21, 2022. DOI: 10.18554/rt.v15i2.6110. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/6110. Acesso em: 24 nov. 2024.