Educação Não Formal e Formação Inicial de Professores
algumas reflexões
DOI:
https://doi.org/10.18554/rt.v15i2.6362Palavras-chave:
Formação Inicial de Professores, Educação Não Formal, Ciências da Natureza e MatemáticaResumo
A Educação Básica, em particular o ensino de ciência, tem sido alvo de muitas críticas. Dentre elas, levanta-se o questionamento sobre a importância de se ensinar uma ciência contextualizada com o cotidiano dos alunos. Neste sentido, espaços de educação não formal (ENF), como museus, observatórios, parques e centros de ciências, têm sido convidados a contribuir com esse processo de construção do conhecimento científico. Contexto que remete (re)pensar como (e se) a formação inicial do professor o prepara para desenvolver atividades que aproximam a escola e os espaços de ENF. Amparada em uma abordagem quanti-qualitativa, esta pesquisa buscou investigar a presença de tópicos e discussões sobre a ENF nos Projetos Pedagógicos de Cursos (PPC) de licenciatura de Universidades Federais (UF) situadas no Estado de Minas Gerais. Quantitativamente, verificou-se por meio da incidência e da frequência o uso de terminologias referentes à ENF nos PPC dos cursos que formam professores na área de ciências da natureza e matemática. Qualitativamente, foi realizado um recorte de pesquisa em que se investigou os dois PPC dos cursos de licenciatura em Ciências Biológicas, ofertados pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Como resultados, identificou-se que, em geral, os PPC dos cursos analisados apresentam de forma ínfima discussões sobre a ENF na formação de professores e, em particular, nos cursos de licenciatura em Ciências Biológicas da UFTM esta discussão centra-se basicamente em componentes curriculares de estágio supervisionado.
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