Pressupostos freirianos e abordagens curriculares na educação em Ciências e Biologia na EJA
as relações presentes na produção acadêmica brasileira (2000-2019)
DOI:
https://doi.org/10.18554/rt.v14i3.5705Keywords:
Pressupostos freirianos, Currículo, Ensino de Ciências/Biologia na EJA.Abstract
Na perspectiva de marginalização da constituição histórica da modalidade, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) vem se engendrando como um fecundo campo de pesquisa na área educacional nas últimas décadas. Este artigo apresenta um estudo de revisão que objetiva realizar o levantamento de dissertações e teses desenvolvidas entre 2000 e 2019 para analisar de que forma estas produções utilizam as ideias freirianas no desenvolvimento das pesquisas que tenham como objeto o currículo de Ciências/Biologia na EJA. As produções analisadas trazem indícios do uso da epistemologia freiriana nas pesquisas que envolvem o currículo da EJA, inclusive o de Ciências/Biologia para a modalidade. Destacam-se nas produções pressupostos freirianos como o diálogo, os temas geradores e o saber de experiência feito. Todavia, é preciso considerar suas formas de apropriação a fim de não contribuir para o reprodutivismo teórico de Freire nas produções acadêmicas.
References
ANTUNES, R. O privilégio da servidão [recurso eletrônico]: o novo proletariado de serviços na era digital. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2018.
ARROYO, M. G. Currículo, Território em Disputa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
AULER, D.; DALMOLIN, A. M. T.; FENALTI, V. Abordagem temática: temas em Freire e no enfoque CTS. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, Florianópolis, v.2, n.1, p.67-84, 2009.
FREIRE, P. Extensão ou comunicação? 7ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1983.
FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
FREIRE, P. Pedagogia da indignação. 1. ed. São Paulo, Editora Unesp, 2014.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 1. ed. - Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013.
FREIRE, P. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. 24. ed. rev. e atual. - Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.
GADOTTI, M. Convite à leitura de Paulo Freire. São Paulo: Editora Scipione Ltda, 1989.
GAMBOA, S. S. Tendências epistemológicas: dos tecnicismos e outros “ismos” aos paradigmas científicos. In: FILHO, J. C. S.; GAMBOA, S. S. (org.). Pesquisa educacional: quantidade-qualidade. 8ed. São Paulo: Cortez, 2013. p. 59-82.
GHIGGI, G. Paulo Freire e a revivificação da Educação Popular. Educação, Porto Alegre, v. 33, n. 2, p. 111-118, maio/ago. 2010.
HAGUETTE, A. Ecletismo e pluralismo. Revista Educação em Debate, Fortaleza, Ano 14, n. 21 e 22, p. 117-127, 1991.
IBGE. Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua 2019), 2020. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101736_informativo.pdf>
LAFFIN, M.H.L.F.; SANCEVERINO, A.R. Um olhar sobre produção acadêmica em educação de jovens e adultos. Perspectiva, Florianópolis, v 38, n. 1 – p. 01-07, jan./mar. 2020.
LOPES, A. C.; MACEDO, E. Teorias de currículo. São Paulo: Cortez, 2011.
MACHADO, M. M. A educação de jovens e adultos no Brasil pós-Lei nº 9.394/96: a possibilidade de constituir-se como política pública. Em Aberto, Brasília, v.22, n.82, p. 17-39, nov., 2009.
MACHADO, M. M. A política de formação de professores que atuam na educação de jovens e adultos em Goiás na década de 1990. 2001. 231f. Tese (Doutorado em Educação) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade, 2001. São Paulo.
MACHADO, M. M. Formação de professores para EJA: uma perspectiva de mudança. Revista Retratos da Escola, v. 2, n. 2-3, p. 161-174, 2008.
MACHADO, M. M. Quando atrofiar e desqualificar são condições para manutenção da subalternidade. Cad. Pesq., São Luís, v. 26, n. 4, p. 156-168, out./dez. 2019.
MAURÍCIO, S. S. Reflexões sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação de jovens e adultos. Revista de Educação Popular, v. 19, n. 2, p. 43-63, 1 set. 2020.
MORTIMER, E. F. Uma agenda para a pesquisa em educação em ciências. Rev. Bras. Pesq. Educação em Ciências, v.2, n.1, p.36-59, 2002.
PARANHOS, R. D. Ensino de Biologia na Educação de Jovens e Adultos: o pensamento político-pedagógico da produção científica brasileira. 229f. Tese (Doutorado - Doutorado em Educação). Faculdade de Educação - Universidade de Brasília. 2017.
PARANHOS, R.; CARNEIRO, M. H. Ensino de biologia na educação de jovens e adultos: distribuição da produção científica e aspectos que caracterizam o interesse intelectual de um coletivo de pesquisadores. Revista Contexto & Educação, v. 34, n. 108, p. 269-286, 28 jun. 2019.
ROMANOWSKI, J. P.; ENS, R. T. As pesquisas denominadas do tipo "estado da arte" em educação. Diálogo Educ., v.6, n.19, p.37-50, 2006.
RUMMERT, S. M. A Educação de Jovens e Adultos Trabalhadores brasileiros no Século XXI. O “novo” que reitera antiga destituição de direitos. Revista de Ciências da Educação, 2, pp. 35 50, 2007.
TEIXEIRA, P. M. M.; MEGID-NETO, J. A Produção Acadêmica em Ensino de Biologia no Brasil – 40 anos (1972–2011): Base Institucional e Tendências Temáticas e Metodológicas. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v.17, n.2, p.521-549, 2017.
VENTURA, J. P. O Planfor e a educação de jovens e adultos trabalhadores: a subalternidade reiterada. 2001. 122f. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal Fluminense. PPGE (Faculdade de Educação). 2001. Rio de Janeiro.
VILANOVA, R. MARTINS, I. Educação em Ciências e Educação de Jovens e Adultos: pela necessidade do diálogo entre campos e práticas. In: Ciência e Educação, v. 14, n.2, p. 331- 346, 2008.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 JOURNAL TRIANGLE
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.