Os objetos de aprendizagem no ensino da Matemática

o estado do conhecimento no período de 2013 a 2018

Autores

  • Marilene Ribeiro Resende Universidade de Uberaba
  • Esder Limírio Brigagão Escola Estadual Santa Terezinha

DOI:

https://doi.org/10.18554/rt.v15i3.6375

Palavras-chave:

Objetos de Aprendizagem. Educação Básica. Ensino de Matemática.

Resumo

As tecnologias e os ambientes virtuais fazem parte do dia a dia dos nossos alunos e há um esforço para que sejam incorporadas às práticas pedagógicas. No contexto das inovações tecnológicas, surgem, desde o início do século XXI, os chamados Objetos de Aprendizagem (OA), recursos digitais dinâmicos, interativos e reutilizáveis desenvolvidos para fins educacionais. Nesse contexto, este artigo, fruto de pesquisa do tipo “Estado do Conhecimento”, tem o objetivo de mapear trabalhos acadêmicos que tratam o processo ensino-aprendizagem da Matemática com o uso de Objetos de Aprendizagem, no período de 2013 a 2018, na educação básica. Dentre os resultados, pode-se afirmar que esses trabalhos estão sendo realizados, em sua maioria, em mestrados profissionais, com o objetivo de criar e/ou aplicar Objetos de Aprendizagem, ligados a temas de álgebra e geometria, mais voltados para o ensino médio do que para o ensino fundamental. Os OA, segundo os trabalhos selecionados, contribuíram para uma prática pedagógica mais dinâmica, que valoriza os conhecimentos prévios dos alunos, o trabalho coletivo e, principalmente, a investigação. Entretanto, ainda há marcas de visões otimistas, deterministas e instrumentais dos OA, que não se sustentam, sem a consideração das condições objetivas em que as práticas pedagógicas são exercidas.

Biografia do Autor

Marilene Ribeiro Resende, Universidade de Uberaba

Possui Licenciatura em Matemática - Faculdades Integradas Santo Tomas de Aquino (1973), mestrado em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1991) e doutorado em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007). Atualmente é professora titular da Universidade de Uberaba, na graduação e na pós-graduação (Programa de Pós-Graduação em Educação - Mestrado e Doutorado), integrando a Linha de Pesquisa "Desenvolvimento Profissional, Trabalho Docente e Processo de Ensino-Aprendizagem".Vice líder dos Grupos de Pesquisa "Desenvolvimento profissional e trabalho docente na contemporaneidade - Uniube" e "GEPIDE/ Grupo de Estudos e Pesquisas em Instrução, Desenvolvimento e Educação - Uniube" e membro do Grupo Desenvolvimento Profissional Docente e Representações Sociais  GEPRESPE" , cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. Membro do Comitê Científico da Anped (2014-2017). Membro do Comitê de Ética em Pesquisa da UNIUBE (desde 2008). Atua como editora da Revista Profissão Docente (desde 2018), ligada ao PPGE/Uniube. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa, desde 2008. Membro da REED/Rede (Internacional) de Estudos sobre Educação. Membro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Educação (ANPEd) e da Sociedade Brasileira de Educação Matemática - SBEM.

Esder Limírio Brigagão, Escola Estadual Santa Terezinha

Possui formação em Administração de Empresas pela Faculdade de Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro (1998), Licenciatura Plena em Matemática pela UNIFRAN ( 2011 ). Especialista em Docência no Ensino Superior pelo Instituto Passo 1 de Ensino. ( 2010 ). Mestre em Educação (UNIUBE). Professor na rede Estadual de ensino

Referências

ANGULO, J. et. al. Learning Objects. Evolución Histórica Current Developments in Technology-Assisted Education. Badajoz, Formatex, 2006, v. III, p. 2100-2104.

ASSIS, L. S. de. Concepções de professores de matemática quanto à utilização de objetos de aprendizagem: um estudo de caso do projeto RIVED-BRASIL. 141f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. 2005.

AUDINO, D. F. Objetos de aprendizagem hipermídia aplicado à Cartografia escolar no sexto ano do ensino Fundamental em geografia. 153f. Dissertação (Mestrado em educação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis. 2012.

AUDINO, D. F.; NASCIMENTO, R. da S. Objetos de aprendizagem – diálogos entre conceitos e uma nova proposição aplicada à educação. Revista Contemporânea de Educação, v. 5, p. 128-148, 2010. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rce/article/view/1620. Acesso em: abril 2019.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. 4. ed. Lisboa: Edições70, 2010.

BRASIL/MEC. Portaria nº 013, de 15 de fevereiro de 2006. Institui a divulgação digital das teses e dissertações produzidas pelos programas de doutorado e mestrado reconhecidos. Disponível em: http://repositorio.unb.br/documentos/Portaria_N13_CAPES.pdf. Acesso em: jun.2019.

CURY, Helena Noronha. Análise de erros em Educação Matemática. Veritati, Salvador, v. 3, n. 4, p. 95-107, 2004

D’AMBROSIO, U. Etnomatemática. São Paulo, SP: Editora Ática, 1990.

D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Novos Paradigmas de atuação e formação de docente. In: PORTO, Tania Maria Esperon. Redes em construção: meios de comunicação e práticas educativas. Araraquara: JM Editora, 2003

DUARTE, Newton. Os conteúdos escolares e a ressurreição dos mortos: contribuição à teoria histórico-crítica do currículo. Campinas, SP: Autores Associados, 2016. (Coleção educação contemporânea).

ECHALAR, A. D. L. F.; PEIXOTO, J.; CARVALHO, R. M. A. de (Orgs). Ecos e repercussões dos processos formativos nas práticas docentes mediadas pelas tecnologias: A visão de professores da rede pública da educação básica do estado de Goiás sobre os usos das tecnologias na educação. Goiânia; Kelps, 2015.

ECHALAR, A. D. L. F.; PEIXOTO, J.; CARVALHO, R. M. A. "A tecnologia não tem que ser maior que o professor": a visão dos professores quanto ao uso de tecnologias no contexto escolar. Revista Educação e Cultura Contemporânea, v. 13, n. 31, p. 160-180, 2016

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 8 ed. Campinas, SP: Papirus, 2011.

LÉVY, P. As tecnologias da inteligência. O Futuro do Pensamento na Era da Informática. 1998. Disponível em: http://www.mozo.pt/tesp/livros/LEVY-Pierre-1998-Tecnologias-da-Inteligencia.pdf. Acesso em: abr. 2019.

MALAQUIAS, A. G. B. Tecnologias e formação de professores de matemática: uma temática em questão. 163f. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC/GO, Programa de Pós-Graduação em Educação, Goiânia, 2018.

MORAN, J. M. Mudar a forma de ensinar e aprender com tecnologias. Interações, v. V, n. 9, jan-jun, 2000, pp. 57-72. Universidade São Marcos, São Paulo, Brasil. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/354/35450905.pdf. Acesso em: ago. 2019

MOREIRA, M. A. Mapas conceituais e aprendizagem significativa. São Paulo: Cantauro Editora. 2010.

MUZIO, Jeanete; HEINS, Tanya; MUNDELL, Roger. Experiences with reusable e learning objects: From theory to Practice. 2001. Disponível em: http://www.udutu.com/pdfs/elearning_objects.pdf. Acesso em: abr. 2019.

PEIXOTO, J. Tecnologias e práticas pedagógicas: as TIC como instrumento de. mediação In. LIBÂNEO, J. C. Didática e escola em uma sociedade complexa. Goiânia: CEPED, 2011.

RIOS, T. A. Ética e competência. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1995.

SÁ FILHO, C. A. C. de. Influência das TIC na dinâmica cultural e política de comunidades. 2006.290p. Dissertação de mestrado. São Carlos: Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2006.

SOARES, M. Alfabetização no Brasil – O Estado do conhecimento. Brasília: INEP/MEC, 1989.

WILEY, D. A. Connecting learning objects to instructional design theory: a definition a metaphor, and a taxonomy. 2000. The instructional use of learning objects. Bloomington: Association for Educational Communications and Technology, 2000. Disponível em: http://reusability.org/read/chapters/wiley.doc. Acesso em: nov. 2018.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos, 2 ed. Tradução de Daniel Gassi. Porto Alegre: Bookman, 2001.

VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

VIGOTSKI, L. S. Obras escogidas. Madrid: Visor, 1993. v. 2, p.11-348. Pensamiento y linguaje.

ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda., 1998.

Downloads

Publicado

2023-03-23

Como Citar

RIBEIRO RESENDE, M.; LIMÍRIO BRIGAGÃO, E. Os objetos de aprendizagem no ensino da Matemática: o estado do conhecimento no período de 2013 a 2018. Revista Triângulo, Uberaba - MG, v. 15, n. 3, p. 1–21, 2023. DOI: 10.18554/rt.v15i3.6375. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/6375. Acesso em: 18 abr. 2024.