Ciência espiritual e pensamento antroposófico goethianístico

um saber decolonial e emancipatório

Autores

  • Yuri Rodrigues da Cunha Universidade Estadual Paulista - UNESP - Marilia. Escola Waldorf João Guimarães Rosa

DOI:

https://doi.org/10.18554/rt.v16i1.6544

Palavras-chave:

Ciência Espiritual, Filosofia Antroposófica, Decolonização, Rudolf Steiner

Resumo

Neste trabalho o nosso objetivo é demonstrar que o pensamento do filósofo Rudolf Steiner pode ser utilizado, por seus princípios metodológicos, como instrumentos potentes para resistência dos territórios sagrados, frente à colonização política-científica, cujas premissas se baseiam em aspectos materialistas e desencantadas. Com isso, partindo da compreensão decolonial de Catharine Walsh, nosso argumento consiste em defender que a perspectiva metodológica da antroposofia goetheanística, permite o pesquisador e educador, estar com uma abertura constante diante dos fenômenos vivos que se apresentam, com a finalidade de chegar àquilo que é essencial em sua relação com mundo vivenciado. Concluiu-se que a ciência espiritual oriunda da perspectiva metodológica da Antroposofia, se torna uma importante ferramenta para a busca de uma emancipação humana, a partir da compreensão de que a ciência espiritual é em si, uma dimensão prática e que deve possibilitar a transformação efetiva da realidade, considerando-o como parte de outros saberes negligenciados pelo pensamento materialista-desencantado.

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Publicado

2023-05-26

Como Citar

RODRIGUES DA CUNHA, Y. Ciência espiritual e pensamento antroposófico goethianístico: um saber decolonial e emancipatório . Revista Triângulo, Uberaba - MG, v. 16, n. 1, p. 99–114, 2023. DOI: 10.18554/rt.v16i1.6544. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/6544. Acesso em: 21 dez. 2024.