O USO DAS FORMAS PRETÉRITAS PERFEITAS NO ESPANHOL: UMA ANÁLISE SOCIOLINGUÍSTICA NA COMUNIDADE DE FALA DE MONTERREY
DOI:
https://doi.org/10.18554/ri.v13i1.4738Palavras-chave:
Sociolinguística, Pretérito simples, Pretérito composto, PRESEEA, MonterreyResumo
A heterogeneidade da língua, que subjaz os fatores condicionantes sociais, é percebida nas diferentes comunidades de fala e é a base dos estudos da Variação e da Mudança Linguística. (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006). A partir desse pressuposto teórico, que considera a variação intrínseca ao processo enunciativo, este trabalho tem como objetivo descrever e analisar a variável dependente forma pretérita perfeita do espanhol, através das variantes pretérito perfeito composto (doravante PPC) e pretérito perfeito simples (doravante PPS), com o intuito de identificar a alternância entre essas formas em entrevistas sociolinguísticas, na cidade mexicana de Monterrey. Por apresentar mostras reais da variedade falada nessa cidade, utilizamos o corpus PRESEEA – Proyecto para el estudio sociolinguístico del español de España y de América. Para nortear nosso trabalho, observamos como fatores condicionantes podem ou não influenciar na escolha de uma das variantes (PPC e PPS) nessa comunidade de fala. Para tanto, analisamos os seguintes fatores linguísticos: a) a presença e/ou ausência de marcadores temporais que indicam anterioridade ao ponto zero de enunciação (ADVa); b) a presença e/ou ausência de marcadores temporais’ que sinalizam simultaneidade ao momento enunciativo (ADVs); confrontados com os fatores extralinguísticos: c) idade; d) escolaridade; e) sexo. Os dados sinalizam a ocorrência das duas formas no corpus, a simples e a composta, havendo uma prevalência do PPS, mesmo quando há a identificação de marcadores temporais que indicam a simultaneidade. Ao mesmo tempo em que nos revela o emprego da forma PPC em eventos que necessitam enfatizar a ação do falante no momento enunciativo.
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